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Roteiro museológico em braille
Aluna universitária criou roteiro museológico para invisuais em Chaves.

Após um estágio no Museu da Região Flaviense – Núcleo de Arqueologia e de Pré-História, em Chaves, Ana Tavares, de 25 anos, teve a ideia de adaptar esse espaço à população invisual. Para isso, criou um roteiro em braille, com relevo e texto ampliados.

Nas 30 páginas do roteiro é sugerido um percurso e todas as peças as peças estão identificadas e descritas. A aluna afirmou à Lusa que o objectivo desta sua criação foi “dar o primeiro passo para que o museu se torne inclusivo e acessível a pessoas com deficiência visual.”

No entanto, segundo Ana Tavares, “é preciso muito mais”. O próximo passo é a realização de áudio-guias e exemplares tácteis de forma a completar o roteiro que, neste momento, ainda “exige o acompanhamento por uma pessoa”. Por seu lado, a Câmara Municipal de Chaves aceitou com entusiasmo este projecto e já mandou imprimir dez exemplares que estarão ao dispor dos visitantes na recepção do Museu.

O roteiro foi elaborado no contexto de um projecto de investigação que a aluna de Turismo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está a realizar para a faculdade – “A escuridão nos museus - Acessibilidade para pessoas invisuais”, que a levou a estagiar um mês no Museu de Chaves. O objectivo deste trabalho é perceber quantos museus, em Portugal têm acessibilidades para receber pessoas com deficiência visual e que acessibilidades são essas.

Num país com cerca de 160 mil pessoas invisuais, “fala-se imenso na criação de acessibilidades para pessoas portadoras de deficiências motoras, mas esquecem-se das pessoas invisuais”, afirmou Ana Tavares. A autora do roteiro tenta assim dar resposta ao lema “todos iguais, todos diferentes” enunciado pela ACAPO (Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal), uma IPSS fundada em 1989.

Outro exemplo de um espaço equipado para receber invisuais é o Museu do Papel Moeda, no Porto. O Museu, pertencente à Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, criou, em 2007, o projecto “Museu sem Barreiras” dirigido a cegos, amblíopes e também a pessoas com deficiências motoras. A adopção deste lema tem sido levada a cabo também por outros museus, como o Museu de Cerâmica, nas Caldas da Rainha que permite que as pessoas apreciem as obras de arte através do tacto.

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Este conteúdo foi produzido por alunos da cadeira de Comunicação Digital do curso de Comunicação Social da Universidade Católica Portuguesa, ao abrigo do protocolo entre a Universidade e o MSN Portugal. Este artigo foi produzido por: Inês Pinheiro, Jorge Garcia e Oldrey Leite.

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