Bora lá ser :-) PAIS MAUS!

Recebi este e-mail e resolvi partilhar convosco, leiam com atenção e digam lá vossa justiça sobre o assunto.

Pais Maus, de Mafalda Belmonte

Ontem, através do meu filho mais novo, veio-me parar às mãos um texto distribuído às crianças do ATL que ele frequenta.
Confesso que costumo ler os diversos papéis que me mandam das diversas escolas dos meus filhos, na diagonal, mas, curiosamente, a este, li-o de fio a pavio.
Como, nao vinha assinado, nao tenho maneira de pedir autorização ao autor para publicar, mas parece-me que o que importa a quem o escreveu é que chegue ao maior número de pais possível.
Vale a pena lê-lo:
"Deus abençõe os pais maus!
Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva um pai, eu hei-de dizer-lhes:
- Amei-vos o suficiente para ter insistido para que juntassem o dinheiro e comprassem uma bicicleta, mesmo que tivesse possibilidades de a comprar.
- Amei-vos o suficiente para ter ficado em pé junto de vós, duas horas, enquanto limpavam o vosso quarto - trabalho que eu teria realizado em quinze minutos.
- Amei-vos o suficiente quando vos obriguei a pagar a pastilha que "tiraram" da mercearia e dizer ao dono: eu roubei isto ontem e hoje queria pagar.
- Amei-vos o suficiente para ter ficado em silêncio, para vos deixar descobrir que o vosso novo amigo não era boa companhia.
- Amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas acções, mesmo quando as penalizações eram tão duras que me partiam o coração.
- Amei-vos o suficiente para vos ter perguntado: aonde vão, com quem vão e a que horas regressam a casa.
- Amei-vos o suficiente para vos deixar ver fúria, desapontamento e lágrimas nos meus olhos.
- Mas, acima de tudo, amei-vos o suficiente para vos dizer NÃO, quando sabia que me iriam odiar por isso.
Estou contente. Venci, porque no final vocês também venceram. E qualquer dia, quando os vossos filhos forem suficientemente crescidos para entenderem a lógica que motiva os pais, vocês irão dizer-lhes, quando eles vos perguntarem, se os vossos pais eram maus, que sim que eram os piores pais do mundo! porque:
- Enquanto os outros miúdos comiam doces ao pequeno almoço, nós tinhamos que comer cereais, tostas e ovos.
- Os outros miúdos bebiam Pepsis ao almoço e comiam batatas fritas, enquanto nós tinhamos que comer sopa, prato e fruta. E, não vão acreditar!, os nossos pais obrigavam-nos a jantar à mesa, o que era bem diferente dos outros pais.
- Os nossos pais insistiam em saber onde nós estávamos a todas as horas, era quase uma prisão. Tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que faziamos com eles.
- Insistiam em que lhe disséssemos que íamos sair mesmo que demorássemos uma hora, ou menos.
- Nós tinhamos vergonha de admitir, mas eles violaram uma data de leis do trabalho infantil: nós tinhamos que fazer as camas, lavar a loiça, aprender a cozinhar, aspirar o chão, engomar a nossa roupa, ir despejar o lixo, e todo o tipo de trabalhos cruéis. Eu acho que eles nem dormiam, a pensar em mais coisas para nos mandar fazer.
- Eles insistiam connosco para lhes dizermos a verdade, e apenas toda a verdade, sempre a verdade.
- Na altura da nossa adolescência eles conseguiram ler os nossos pensamentos o que tornava a vida mesmo chata.
- Os nossos pais não deixavam os nossos amigos buzinarem para nós descermos, tinham que subir, bater à porta para eles os conhecerem.
- Enquanto toda a gente podia sair com doze ou treze anos, nós tivemos que esperar pelos dezasseis.
- Por causa dos nossos pais, nós perdemos experiências fundamentais da adolescência: nenhum de nós esteve envolvidos em actos de vandalismo, de roubo, violação de propriedade, nem foi preso por algum crime.
Foi tudo por causa deles.
Agora que já saimos de casa, somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "maus pais", tal como os nossos pais o foram.
Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: não há suficientes pais maus."

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