SIDDHARTH, de Hermann Hess


S. João na Ribeira do Porto, dia 24 de Junho de 2007, por I. Limão
Excerto do livro:
"Podemos mendigar amor, comprá-lo, recebê-lo de oferta, encontrá-lo na rua, mas nunca roubá-lo"
"(...) no amor era uma criança, com tendência para se atirar cega e sofregadamente para o prazer como para um abismo, aprendeu que não se pode receber prazer sem dor e que cada gesto, cada carícia, cada contacto, cada olhar, todos os infimos recortes do campo têm o seu segredo, que podem dar a felicidade àquele que o sabe despertar.(...) ensinou-lhe que os amantes não se devem separar, depois do festim do amor, sem se admirarem mutuamente, sem serem conquistados ou conquistarem, para que nenhum deles sinta tédio ou solidão e para evitar a desagradável sensação de terem maltratado ou de terem sido maltratados."
Mendigar amor!!! Aiiii que eu tantas vezes o fiz!!Assumo o erro! O disparate! Mas o medo da solidão, o medo de ficar só, o medo de não ser amada, o medo de não ter o direito de ser amada, fez com que eu mendigasse por um pouco de amor!!
Sei que me ofertaram, mas pela minha incapacidade de aceitar tal oferta, não senti a mesma! A necessidade de querer tanto de ser amada, impossibilitou-me, ou até mesmo, afastou-me do Amor! Sim! Ele fugia de mim! Fugia da imagem que eu transmitia: insegurança! instabilidade! e como eu o agora entendo! Tal como os grãos de areia que não ficam na nossa mão quando a fechamos, o amor nunca ficou ao meu lado!!!!
Agora, amadureci, cresci, evolui mais um degrau da vida, e estou mais tranquila, mais estável, mais segura - encontrei-o!!!! Sim a ele, o AMOR fugidio!
Numa noite de São João, vieste, ficaste e não vais fugir! Que eu não deixo!!! :-)

Comentários

Anónimo disse…
AMT*

É exactamente porque não há solidão que dizes que há solidão. Imagina que eras o único homem no universo. Imagina que nascias de uma árvore, ou antes, porque eu quero pôr a hipótese de que não há árvores, nem astros, nem nada com que te confrontes: supõe que o universo é só o vazio e que tu nascias no meio desse vazio, sem nada para te confrontares. Como dizeres «eu estou sozinho»? Para pensares em «eu» e em «sozinho» tinhas de pensar em «tu» e em «companhia». Só há solidão «porque» vivemos com os outros...

Vergílio Ferreira, in 'Estrela Polar'

P.S.-> Eu já tinha chegado muito antes, talvez pela mansidão de outras manhãs, tardes e noites...
butterfly disse…
Hermann Hess, devo ter lido quase tudo.
Sabes que estou a se sincera quando digo que estou feliz por ti.
Odeio a solidão mas gosto de estar só. Estou por opção.
Nunca mendiguei amor, sempre amei sem limites.
Beijo e vive esse amor.
Anónimo disse…
Boas

Bonito!
Nota-se a leveza que estás, agora a sentir, aí dentro...Que dure infinitamente, esse amor.
Fico contente e feliz por ti.

E, já agora,
Porta-te bemmmmmmmmm e malllllll

Mensagens populares deste blogue